A jornada do líder não pode ser apressada

A jornada do líder não pode ser apressada

A Era da Velocidade: Estamos vivendo em um ritmo acelerado, onde nossa produtividade diária dobrou ou triplicou em comparação com 5-10 anos atrás, graças à praticidade dos smartphones. Essa mudança na dinâmica do tempo também afeta nossos hábitos e a percepção do tempo. Nos atraímos por vídeos de 15 segundos, músicas de 3 minutos parecem longas e 250 caracteres são considerados textão. Essa mentalidade de agilidade e rapidez tem impacto na expectativa dos profissionais que aspiram cargos de liderança.

Certamente, o desafio de persuadir um jovem profissional imerso na cultura imediatista de que a jornada rumo à liderança requer maturidade e não pode ser apressada é crucial. Na minha perspectiva, acredito que o percurso de um profissional iniciante até uma posição de liderança deveria, no mínimo, abranger um período de seis anos.

A Jornada Rumo à Liderança: Imaginemos uma trajetória profissional onde cada passo é uma oportunidade de aprendizado. Desde o estágio até a liderança, cada ano traz consigo uma acumulação valiosa de experiências. Este cenário se torna ainda mais relevante na era da inteligência artificial, onde tarefas cotidianas estão sujeitas à automação, demandando uma abordagem ágil e voltada para o desenvolvimento contínuo.

Jornada de carreira:

De Estagiário a Analista Júnior: No começo, o estagiário está lá para aprender, entender o mundo corporativo, testar, mudar se precisar. É a fase das dúvidas, não das certezas. Geralmente, a evolução de um estagiário para um analista júnior leva cerca de um ano, até que ele realmente queira seguir nessa carreira.

De Analista Júnior a Analista Pleno: Essa fase também dura cerca de um ano, pois a curva de aprendizado é mais fluida e rápida, exigindo habilidades práticas e tarefas operacionais. É um treinamento sobre trabalho em equipe, resolução de problemas, gestão de pressão, interação com equipes e gerenciamento de demandas.

De Analista Pleno a Analista Sênior: Nesse estágio, o profissional atinge o auge de suas habilidades operacionais, que se tornam mais abrangentes. É nesse momento que suas competências técnicas passam por um aprimoramento significativo. Geralmente, essa fase é repleta de reflexões sobre o futuro profissional, ponderando se é mais adequado trilhar o caminho da liderança ou se tornar um especialista. Portanto, o ideal é dedicar um período mais extenso, em torno de 2 anos, para essa transição crucial.

De Analista Sênior à liderança: Aqui é um pouco mais demorado, cerca de dois a três anos. E por quê? É um período crucial para a formação de um líder. Começa o verdadeiro treinamento para a liderança, onde as habilidades emocionais se consolidam. Geralmente, é nessa fase que o profissional, que já acumulou muita experiência técnica, começa a treinar outros membros da equipe, a criar engajamento e a lidar com demandas mais complexas, colocando sua resiliência à prova. O papel muda; além das atividades diárias, ele passa pelo teste mais importante: apoiar diretamente a liderança.

Eu levo para a minha vida uma regra básica na jornada para se tornar líder:

1 – AUTOGESTÃO, incluindo: auto responsabilidade, gestão do tempo, definição de prioridades, engajamento com a equipe e sua diversidade, organização e gerenciamento de crises.

2 – SABER SER LIDERADO, cooperar e ajudar seu líder a alcançar seus objetivos (essa é a parte mais sensível, ao meu ver).

3 – CONTROLE DO EGO, porque não importa se você tem um líder mais jovem ou com menos experiência técnica.

4 – RESILIÊNCIA, já chegou longe, mas ainda tem um caminho a percorrer.

Se você vivenciou essas regras e chegou à tão esperada liderança, terá uma visão mais abrangente e voltada para as pessoas. Agora, sua vitória é a vitória do time e não mais individual. O que antes te destacava agora faz parte do seu job description e não será mais um diferencial. O líder atua retirando obstáculos, observando, alinhando expectativas, resolvendo conflitos, criando pontes, investindo em relacionamento com parceiros, garantindo o processo macro, mantendo a cultura, respondendo pelo time e assumindo total responsabilidade. Nada disso é fácil!

O que retrato aqui é a responsabilidade atribuída ao cargo. Durante o amadurecimento, podem haver premiações e recompensas, por exemplo. É sobre uma jornada que exige tempo, mas que traz grande crescimento pessoal e profissional. É sobre liderar com paixão, sabedoria e empatia. E isso, meu amigo, não pode ser apressado.

By Mãriá Mattos

Por que fracassar pode ser o melhor acontecimento da sua vida?

​Fracassar é um dos benefícios mais importantes na vida e sabe por que?

Porque o fracasso significa dizer adeus ao supérfluo. No fracasso você entende que o pior aconteceu e agora enfim, pode direcionar sua energia em vencer e não mais em ter medo.

O fracasso te liberta, pois quando você atinge o fundo do poço percebe que ainda está vivo, respirando e que vc é seu maior aliado e amigo… tudo agora é possível. O fundo do poço se torna sua base sólida para reconstruir sua vida.

É impossível viver sem falhar, a não ser que você tenha tanto cuidado que não viva verdadeiramente, só que de qualquer forma você falhará por omissão.

O fracasso nos ensina muito sobre nós mesmos… nos ensina sobre gana, disciplina, nos faz descobrir amigos, nos ergue mais sábios e fortes do que antes para então adquirirmos a habilidade de sobreviver.

Você nunca conhecerá tanto a ti mesmo e nunca conhecerá a força dos seus relacionamentos se não for testado pelas adversidades, não saberá reconhecer a qualidade de um bom trabalho se não tiver fracassado nessa questão. Nem tampouco saberá o limite de sua criatividade se não precisar ardentemente usá-la. Tal conhecimento é um verdadeiro presente.

O fracasso é um remédio amargo, mas calcificador das feridas da impotência perante à vida e a força para adaptar-se à ela. Fracassar é empoderamento, é conteúdo, é ser cada vez mais assertivo, é a certeza de que seu próximo ato será leve, equilibrado e certo.

Abrace seu fracasso, use-o para se tornar incrível e não para ter mais medo… vá além dos limites de suas experiências, não se sinta confortável…isso é perigoso demais e é justamente a fonte de seus problemas. Na ilusão do conforto cria-se uma agorafobia tão difícil de curar quanto a síndrome do pânico.

Liberte-se para criar, para ser seu herói, curador e mestre. Arrisque de novo! Você já sabe que vai sobreviver, já foi apresentado aos seus limites e sabe que a sua capacidade é maior do que pensava…

By Maria Carolina Mattos